Novo BLOG do IERB

Olá! Sejam Bem Vindos ao novo Blog do IERB!!! Neste novo Blog teremos muito mais recursos e espaço para divulgar tudo de bom que temos feito em nossa escola. Enviem suas dúvidas e sugestões para que ele possa ficar cada vez melhor!

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Para aqueles que quiserem entrar em contato conosco , podem nos mandar um email. Este é o nosso endereço eletrônico: ierb.escola@yahoo.com.br.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

GANHAMOS O SEGUNDO LUGAR!!!!!


A Banda do IERB está mais uma vez de parabéns!

Conquistou o SEGUNDO LUGAR GERAL no V Campeonato de Bandas e Fanfarras NORTE/NORDESTE, tendo também se classificado em 1º lugar nosso MOR: ROBERTO SANTOS;também em 1°lugar nosso Regente DIEGO MELQUÍADES e nossa LINHA DE FRENTE, ficou com o 2° lugar.
Mas as conquistas não param por aí... A Banda do IERB está classificada para participar da etapa NACIONAL do Concurso de Bandas e Fanfarras. Mas infelizmente ainda não temos o ônibus para a realização da viagem.Então aproveitamos o ensejo para lançar a Campanha : IERB RUMO A SÃO PAULO!!! Toda ajuda é bem vinda!!!
 
Vejam as fotos da comemoração pela conquista do 2° lugar na etapa NORTE/NORDESTE. 

 



Nosso MOR que conquistou o 1º lugar: Roberto Santos

Nossa Comissão de frente que conquistou o 2º lugar.

Nosso Regente que conquistou o 1º lugar: Diego Melquíades.






terça-feira, 13 de novembro de 2012

O IERB na TV Sergipe!

Ierbianos, assistam hoje (13/11) ao jornal do meio dia da TV Sergipe: matéria sobre a Banda do IERB. Vamos apoiar a Banda! Rumo a Recife e a São Paulo representar Sergipe!

Matéria publicada no site da INFONET.

IERB se destaca em Campeonato de Bandas e Fanfarras
Instituto conquista segundo lugar no V Campeonato Estadual
Banda do IERB: classificação para campeonato nacional (Foto: Ascom/Seed)
A Banda do Instituto de Educação Ruy Barbosa obteve, no último domingo, 11, o segundo lugar na categoria Percussão marcial e primeiro lugar na categoria "Mór" durante o V Campeonato de Bandas e Fanfarras de Sergipe promovido pela Federação de Fanfarras e Bandas de Sergipe (FFABASE). Com os resultados, a banda do IERB se classificou para a Etapa Nacional da Competição que acontecerá na cidade de Presidente Prudente (São Paulo), no dia 24 de novembro. O condutor da banda, denominado Mór, é Roberto Santos Barreto.

A banda do IERB é formada por 40 integrantes, membros da Instituição e da comunidade local. Segundo a diretora da instituição, professora Edwilma Araújo dos Santos, os esforços têm sido muitos para a realização do trabalho. "Sentimo-nos muito felizes porque estamos colhendo o que foi plantado há algum tempo. O trabalho que desenvolvemos com a banda tem o intuito de trazer a comunidade para a instituição, desenvolvendo um trabalho social. Nem todos os integrantes são estudantes; muitos são da comunidade local. Alguns deles eram jovens desacreditados. O que fizemos foi acreditar nesses meninos e dar uma atividade, no caso a música," explicou a diretora.

Para o maestro da Banda de Percussão do IERB, Diego Melquíades da Silva, acostumado a participar de campeonatos, mais do que conquistar prêmios, o objetivo principal do projeto é educar os jovens. "Queremos levar a música para a vida dessas pessoas, já que a música está na vida de cada um", frisou.

O maestro, que tem 21 anos, diz que sua vida se assemelha à de muitos outros jovens integrantes da Banda do IERB que não tinham oportunidade e encontraram na banda uma chance de mudar de vida. "Enfrentei muitos problemas na vida. Graças a Deus, o IERB acreditou em mim e me deu a oportunidade que tenho hoje. Sou autodidata, aprendi muita coisa sozinho, ouvindo. Sei que quando uma chance é dada não deve ser desperdiçada" ressaltou o maestro.

Outras competições

A Banda do IERB participou no dia 14 de outubro do Concurso de Bandas e Fanfarras no município de Siriri, promovido pela Associação de Bandas e Fanfarras e Regentes de Sergipe (ABANFARE/SE). Na competição, a banda conquistou o primeiro lugar na categoria Mór, e segundo lugar na categoria Regente, com Diogo Melquíades da Silva. As conquistas habilitaram a banda a participar do Concurso de Bandas e Fanfarras/Norte e Nordeste, promovido pela Associação de Bandas e Fanfarras e Regentes de Pernambuco (ABANFARE/PE), que irá acontecer no dia 17 de novembro na cidade de Recife.
 
Segue o link da matéria:

Homenagem a Dona Carminha.




Palavras da Diretora Edwilma Araujo:

Há quatro anos, inicianmos a semeadura e hoje, começamos a colher os bons frutos. Que Deus nos permita continuar honrando a marca IERB.

Agradecemos à TV Sergipe e à TV Aperipê o apoio dispensado, a credibilidade que vocês têm dado a nosso trabalho.

Esta conquista é resultado do apoio de pessoas como:  Iran Barbosa, Ana Lúcia Vieira ,Belivaldo Chagas, Kátia Carmo, Patrícia Francisca de Matos, Thiala Melo e tantos outros que acreditam que é sim possível trabalhar com honestidade, de forma transparente, numa gestão participativa. Preciso muito de vocês ao meu lado!

Nossos carinhosos agradecimentos a: ALANNA MOLINA, SUZANMELILA MATOS E LEANDRO CALADO, pela bela obra, retratando o trabalho social da Escola Normal. Que vocês possam sempre produzir trabalhos que reproduzem dignamente toda a história de formação de professores cidadãos de Sergipe.


 

 





Minha linda normalista

Os 142 anos da Escola Normal de Sergipe fecha um ciclo do antigo modelo da formação docente

Por ALANNA MOLINA, SUZANMELILA MATOS E LEANDRO CALADO

                         

Maria do Carmo entrou na solenidade com os olhos marejados de lágrimas, mas firme em sua posição de guarda de honra da bandeira. A Escola Normal fazia 142 anos e ela acompanhava a Banda Cívica na abertura da cerimônia como se a comemoração fosse pelo aniversário de um filho querido. Ela era uma aluna dedicada e disciplinada nos tempos em que estudou na Escola Normal de Sergipe e tinha a vida do Magistério à sua frente. Mas não seria apenas isso que ela levaria para o resto da vida. Após 42 anos de amor à Escola e aos 57 anos de vida, D. Carminha não deixou que a fragilidade da sua saúde a impedisse de participar da festa.

Dona Carminha, como é carinhosamente chamada, surpreendeu a todos pela sua força e vontade. Ela estava hospitalizada dois dias antes da Comemoração dos 142 anos do Instituto de Educação Rui Barbosa (IERB) – assim denominado atualmente a antiga Escola Normal de Sergipe – e não tinha autorização médica para participar do evento. No entanto, o sentimento falou mais alto e lá estava ela abrindo a cerimônia com a Bandeira de Sergipe em suas mãos, marchando firmemente ao som da banda. Banda esta que foi a pioneira do país, em 1974, a ser formada apenas por mulheres.

Maria do Carmo não se deixou abalar pela doença, ao contrário, fez um pedido público aos amigos da Fanfarra para que, quando chegasse a sua hora de partir deste mundo, ela fosse musicalmente homenageada pela Banda do IERB. Inclusive, recentemente uma ex-integrante da Banda faleceu e, em seu enterro, foi homenageada pela Banda Cívica da Escola em cumprimento ao seu último pedido.

Nos tempos áureos da Escola, em meados da década de 70, as moças vestidas em seus uniformes de “marinheiras” sentavam em suas cadeiras para uma rotina de aprendizado. As normalistas aprendiam não somente os ensinamentos da prática pedagógica para uma futura vida profissional, o conhecimento ia além das matérias gerais que todos os outros colégios da época tinham. Entre a aula de Matemática e a de História existia um ensino sobre como cuidar de bebês ou no intervalo entre Química e Biologia podia facilmente encontrar aulas de culinárias ou corte e costura. O importante era formar a mulher para a vida. No final do curso a menina (agora mulher) caminharia para a vida profissional sabendo também como ser uma excelente Dona do Lar.

A Escola Normal pregava também ensinos religiosos e instrução moral e cívica. Esta última, clara e perceptível quando o coral que musicalizou a cerimônia de comemoração entoou o Hino de Sergipe. Todas as senhorinhas que ocupavam as primeiras fileiras do auditório onde fora a solenidade, na condição de ex-normalistas, prontamente se levantaram e elevaram a mão direita à altura do coração. Na realidade, o mais incrível é que elas eram as únicas pessoas (incluindo o coral) que sabiam a letra do hino do estado de cor. Maria do Carmo estava dentre elas, e conta que nos “tempos passados” os alunos eram muito mais respeitosos, tanto com os professores quanto com a pátria.

O ensino cívico ocorria religiosamente todas as semanas quando, hasteada as bandeiras estadual e nacional, o Hino Nacional e o do Estado de Sergipe eram tocados e cantados em demonstração de amor e respeito pela pátria. E por falar em pátria e amor pelo país, quão aguardados eram os desfiles de 7 de setembro! Em seus uniformes em tons de azul branco as normalistas desfilavam nas ruas de Aracaju tocando instrumentos e honrando as bandeiras da escola, do estado e principalmente do país.

A Escola Normal surgiu no Brasil em 1838 com o intuito de fornecer qualificação para aqueles que tinham a responsabilidade pela instrução primária (hoje, ensino básico). No entanto, o ensino normativo só chegou a Sergipe em 1870 e foi instalado na forma de Curso dentro do Colégio Atheneu Sergipense. O ensino normal além de representar uma oportunidade para independência econômica e aceitação social das mulheres também acarretou na formação de uma elite intelectual feminina que possibilitou uma crescente valorização social. No entanto, para ingressar na Escola não era tão fácil. As meninas tinham que passar por rigorosos exames de admissão, onde muitas eram reprovadas. Rigor este que já mostrava um pouco da forte disciplina que existia lá dentro.

O local era de respeito. A escola de formação para a vida tinha exigentes padrões. Maquiagem não era permitida, brincos muito menos. A garota tinha que estar nas salas de aula para aprender e não para mostrar vaidade. O professor ao entrar na sala de aula era recebido por alunas que estavam em pé esperando um sinal do mestre para poder sentar em suas respectivas cadeiras novamente.

Com a valorização da profissão docente, o governo de Sergipe construiu, em 1911, a primeira sede da Escola Normal localizada na Praça Olímpio Campos, atual Centro de Turismo da capital sergipana. E finalmente, em 1954, se muda para a sede atual, localizada num bairro que era caracterizado como periférico de Aracaju – fato que, dizem os críticos da época, causou uma mudança de clientela.

Maria do Carmo estudou nesta última sede, mas sua irmã ainda frequentou a sede anterior. Segundo D. Carminha, não houve diferença de ensino e, para ela, a Escola não perdeu o seu valor decorrente da mudança de localidade. Muito pelo contrário, a ex-normalista fala com saudosismo daquela época que ela queria ter de volta.

Desde a fundação do Curso Normal em Sergipe muita coisa mudou. O Instituto Educacional Ruy Barbosa - IERB continua de pé e funcionando, porém sem toda a “magia” originalmente implantada em 1870. O ensino agora é misto. Homens e mulheres estudam juntos na mesma sala de aula. O processo de admissão agora é feito por matrícula, deixando para trás o processo seletivo por prova que era necessário para “peneirar” as moças que tinham interesse em se formar pelo Curso Normal.

Atualmente, o IERB está com sua última turma do curso normal, composta por 236 alunos matriculados nos turnos da manhã e noite. O encerramento do curso normal não é o fim do IERB. A partir de 2013 o Instituto será reformado para se tornar um centro de formação dos professores, oferecendo cursos de secretaria escolar, alimentação escolar, multimeios na escola e infraestrutura escolar.

No entanto, o que mais se perdeu ao passar desses 142 anos foi o respeito pelo professor. Antigamente era o professor quem comandava a sala de aula. Chamado de mestre, ele era tratado como um ser extremamente superior. Tudo o que o professor falava deveria ser anotado com cautela e aprendido com extrema importância, pois poderia ser cobrado a qualquer momento e coitada da aluna que não soubesse responder. Punições existiam e a aluna deveria ter cautela caso não quisesse repetir o ano – a maior humilhação possível para uma normalista.


Antigo uniforme das normalistas
“Vestida de azul e branco, trazendo um sorriso franco num rostinho encantador Minha linda normalista rapidamente conquista meu coração sem amor”. A música de Nelson Gonçalves exprime bem o sentimento que fica de uma época que deixa saudade. Uma época que mostrou um novo horizonte para as mulheres, onde a escola era responsável pela formação da menina em mulher.


A importância do resgate à história docente de Sergipe é o fato inspirador para a criação do futuro Museu do Professor, onde todas as lembranças da Escola Normal continuarão vivas, apesar de passadas muitas gerações. Mas a saudade foi tanta que a criação do museu parecia muito distante e a Escola Normal, em meio às comemorações do seu aniversário, foi tema de exposição no Museu da Gente Sergipana. Dentre tantas coisas antigas que lá estavam expostas, a ex-normalista e ex-professora do IERB, Maria de Lurdes, emocionou-se ao ver o antigo fardamento vestindo uma manequim. Dona Lurdinha, aos 80 anos, fez uma verdadeira viagem no tempo ao descrever como era a sua vestimenta de escola, e ainda detalhou exatamente as diferenças que percebeu entre o uniforme por ela utilizado e o exposto no Museu. “Isso era maior aqui, mas isso era menor ali”, dizia pontualmente. Sentimento era uma coisa que não faltava em meio a tantas recordações. É exatamente por isso que se devem eternizar essas memórias.


Primeiro Livro de Ponto
O primeiro “Livro de Ponto” (datado de 1875), Certidões de Nascimento e inúmeras antigas fotografias. Tudo o que se registrou por meio de impressão na antiga Escola Normal de Sergipe está inserido em um projeto de digitalização e catalogação para um futuro arquivo público de tudo o que fez a história daquele local. Esse projeto, no entanto, não serve apenas de pesquisa para futuros historiadores, mas configura, sim, um trabalho social de resgate e resguardo de uma memória há tanto vivida e hoje, 142 anos depois, tão comemorada.


Em comemoração ao aniversário da Escola, foram lançados o Símbolo do Museu dos Educadores Sergipanos e o Selo Comemorativo, em parceria com os Correios, além da entrega de Medalhas de Honra ao Mérito Ruy Barbosa às personalidades de destaque na educação sergipana. Uma das homenageadas – e não poderia deixar de ser – foi Dona Carminha. "A emoção é grande em participar desde momento tão importante, que resgata a memória do IERB. Eu me sinto recompensada com essa homenagem e muito feliz por fazer parte dessa história”.

Todas essas lembranças, que antes viviam apenas na memória das ex-normalistas, poderão ser eternizadas e assim viver no presente de inúmeras gerações futuras. Para todos que comemoraram os 142 anos da Escola Normal de Sergipe, a conquista é imensa e o reconhecimento é o fator que mais importa. E Dona Carminha, depois de aluna e professora, virou um símbolo de força e amor pela educação.